O aproveitamento de grãos ardidos de sementes oleaginosas não é comum,
mas na busca por fontes alternativas de biomassa para produção de
energia, esta pode ser uma opção adequada.
Culturas de sementes oleaginosas são cultivadas em todo o mundo, e espécies que apresentam boa agronomia podem não produzir resultados similares quando cultivadas em diferentes localidades. Do mesmo modo, é frequente problemas em armazéns, que levam ao desenvolvimento de grãos ardidos, e até mesmo sua queima em silos. Com base nessas características, é indispensável o cuidado com as sementes desde a lavoura até seu processamento, e a utilização de grãos ardidos e danificados apresenta um elevado potencial de uso para fins energéticos em biorrefinarias.
Produção Óleos Vegetais
O Brasil tem capacidade instalada para processamento de 192.644 ton/dia, refino de 22.594 ton/dia e envase de 14.180 ton/dia de óleos vegetais (ABIOVE, 2019).
Levantamento realizado em 2019 pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, a soja é unânime nas unidades de processamento ativas no Brasil, mas outras oleaginosas como algodão, girassol, canola e amendoim também são processados.
Biorrefinarias
Entende-se por biorrefinaria uma unidade industrial com capacidade de converter biomassa em produtos químicos e combustíveis, similar ao complexo fabril de uma refinaria de petróleo . E para atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável, as biorrefinarias devem exercer um papel dominante neste atual milênio.
O objetivo essencial de biorrefinarias é produzir produtos de elevado valor agregado a partir de fontes de matérias-primas de baixo valor agregado, e isto remete às biomassas residuais, de natureza agrícola e agroindustrial, como o principal candidato a atender este modelo de produção. Neste cenário, é possível alocar grão ardidos em decorrência de problemas de armazenagem, nas indústrias de processamento de oleaginosas para produção de tortas com finalidade a nutrição animal, e biodiesel para geração de energia.
Grãos Ardidos e Aplicações
A utilização de grãos ardidos e danificados apresenta um elevado potencial de uso para fins energéticos.
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